Atuação em campo com Oficinas de Criatividade: que Psicologia se faz?

Christina Cupertino
2008


Durante vários encontros e simpósios vêm sendo expostas e discutidas práticas psicológicas e psicoeducativas que têm como um dos objetivos romper com os enquadres das psicologias mais tradicionais, imprimindo movimentos de transformação não só na atuação, mas na própria definição e no âmbito do que é o fazer do psicólogo.
Entre elas estão as Oficinas de Criatividade, que vêm sendo descritas em suas várias modalidades e variações. Alicerçadas numa capilaridade que facilita sua penetração nos diversos ambientes onde vêm sendo praticadas, despertam em seus participantes outros olhares e modalidades de troca de experiências. Ao mesmo tempo, deflagram em quem as implanta o levantamento de questões dirigidas predominantemente aos fundamentos e procedimentos mais ortodoxos aprendidos ao longo da formação. Com base no pensamento fenomenológico e em registros obtidos ao longo de supervisões de estágio
de alunos de 5º ano de Psicologia, essa apresentação visa explicitar e discutir alguns tópicos ligados a conflitos provenientes dos deslocamentos vivido pelos estagiários no exercício de tais formas mais heterodoxas de exercício profissional. O principal deles é aquestão de que Psicologia se faz fora dos confortáveis contextos controlados dos atendimentos psicológicos, uma vez que ao longo das supervisões é possível identificar de que fundamentos e atitudes os oficineiros lançam mão quando facilitam seus grupos
em Oficinas de Criatividade, e como estes podem ser vivenciados em modos cristalizadores ou transformadores de relação com o outro.


CUPERTINO, C.M.B.
Atuação em campo com Oficinas de Criatividade: que Psicologia se faz?
Anais do 8º Simpósio Nacional de Práticas Psicológicas em Instituições, 2008.

Denise Arantes